87º Amaral
Amaral é um jogador clássico. Seu futebol é tão bonito quanto seu rostinho. Mas antes de falar do jogador, temos que falar de sua vida pré-gramados.
Nosso amigo aí era coveiro. Sim, coveiro. Imagina o que é encontrá-lo no cemitério de madrugada trabalhando ou tomando conta. Deve ser uma cena das mais assustadoras. Aquele olho meio fechado parece aqueles zumbis de desenho animado. Tá aí a origem de seu carisma. Bastou que ele transferisse para os campos de futebol.
E lá começou sua trajetória. Amaral jogava de volante e era considerado um marcador carrapato. Daqueles que era quase impossível driblar. Mas essa fama acabou em um dia só. Mais exatamente no Pacaembu, quando na época atuava no Corinthians. Ele tomou um drible de elástico do Romário, que fez que ele girasse e não saísse do lugar. Um lance fantástico, repetido à exaustão pela TV. Pronto: o marcador implacável perdeu fama e virou zoação nacional.
Desde então, ele nunca mais foi o mesmo. Rodou de clube em clube e nunca se firmou. Acabou o mito. Ele virou motivo de piada. O Casseta e Planeta chamou nosso bravo jogador de o "Cabeça de Área de Notre Dame, em referência ao corcunda que tinha olhos parecidos.
Mas o momento que guardo como especial ocorreu no Terra Encantada, parque aqui do Rio. No mesmo ano do tal drible, ele estava lá e muita gente começou a lembrá-lo do "acidente" do Pacaembu. Pérolas como "Abre o olho, Amaral", "Cadê o Romário, Amaral?", "Que merda, hein, Amaral". Uma falta de respeito e de consideração com ele. Tudo bem. Se ele voltar a ser coveiro pode se vingar de muita gente. Porque jogador de futebol... Sinto muito, mas não deu.
Um comentário:
O Amaral te comeu, hein, seu filho da puta?!
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