1.02.2010

Queremos previsões arriscadas



O ano de 2010 começou igual a todos os outros: uma porrada de futurólogo tentando ganhar um qualquer e fazendo previsões óbvias. Algumas beiram a cara de pau. "Teremos um escândalo político em 2010". Ah, porra, até eu que me confundo com naipe de baralho mandaria essa sem medo de errar.


Outro palpite bom que ouvi: "Dunga está em um ano de muita ambição". Se o técnico da Seleção Brasileira não tiver isso ao entrar em uma Copa do Mundo, vamos mudar o nome do país para Venezuela. No mais, queremos coisas novas! Arriscadas! Palpites inconsequentes!


Queria que um cidadão desses chegasse na TV e soltasse: "Rubinho será campeão mundial de Fórmula 1"; "O Barueri vai ser o campeão brasileiro"; "A Eslovênia vai vencer a Copa do Mundo" ; "Um tsunami vai varrer a Islândia do mapa" ; "O governo de Togo vai declarar guerra contra os Estados Unidos" ; "Miguel Falabella vai virar heterossexual" ; "A Coca-Cola vai entrar em falência" ; "A Uniban será escolhida a melhor universidade do Brasil" ; "Ahmadinejad vai ganhar o Prêmio Nobel da Paz" ; "Romário vai ficar um ano sem trepar" ; "Vai aparecer um esquema em que Nelson Mandela levou grana em superfaturamento da Copa" ; "A Beija-Flor será rebaixada no Carnaval" ; "Silvio Santos vai comprar a Globo" ou ainda "Zorra Total fará o Brasil inteiro rir".


Saiam do óbvio, porra! Entre acertar o que é evidente e errar uma fanfarronice, que errem a fanfarronice. Pelo menos se alguém acertar alguma coisa dessas, vai ganhar credibilidade. A Mãe Dinah vive disso desde o caso Mamonas Assassinas, mesmo tendo dito antes que o Collor faria um excelente governo e que o Ayrton Senna teria um grande ano em 1994.

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