Manoel Carlos
Reservamos esta coluna para celebrar os monstros vestidos de famosos. São aqueles que se destacaram por alguma atitude bem sarcástica. Logo na primeira semana, tivemos grandes dúvidas para a escolha. Eram muitos. Mas saiu. E foi implacável.
Manoel Carlos e sua novela "Páginas da Vida". O fato dele nos atacar com os clichês de suas novelas já daria uma boa pontuação no prêmio EDP ( espírito de porco). Cenas de nudez, traição, violência, Leblon e algum lugar fora do Brasil- agora Amsterdã e claro: a protagonista Helena, presente em todas as novelas. Mas ele se superou. Conseguiu a façanha de escandalizar através do sensacionalismo, já tão banalizado.
Manoel Carlos veio com uma inovação em "Páginas da vida", inserindo depoimentos de mulheres ao final de cada capítulo. No encerramento do capítulo de sábado, por exemplo, apareceu uma senhora, com 68 anos de vida, contando que até os quarenta e pouco, não tinha se completado sexualmente. Um dia foi dormir, ouvindo "Côncavo e convexo" do Roberto Carlos. Acordou completamente molhada. Havia descoberto a masturbação e nunca mais precisou de homem na vida.
Polêmicas a parte, nem os seios da Ana Paula Arósio, mostrados no mesmo capítulo, fizeram a crítica se desfocar. Todos queriam saber do poder do rei em levar orgasmos por ondas sonoras. Na época da interatividade, então, isso dá o maior ibope...
Não tem jeito. O prêmio vai para o grande escritor e sensacionalista tarado por Helenas...
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