100 mais: Anti-Personalidades Brasileiras

60º Alborghetti

Dalborga eterno

Luiz Carlos Alborghetti é da época que a preocupação com a qualidade da TV brasileira era ainda menor do que é hoje. Por isso, as tosqueiras tomavam conta de seu programa diário, que primeiro passava só para Curitiba, mas depois foi para todo Brasil.

Nele, ele denunciava criminosos, xingava todos eles e, quando era ameaçado de morte, xingava ainda mais. Ele era o rei da justiça brasileira. Era a favor da pena de morte, mandava os direitos humanos à merda e voltava a xingar os criminosos só pra aumentar a certeza de que não peidava diante de suas denúncias.

E se isso tudo já fazia dele um cara sensacional, o que falar de seu lenço nada higiênico? No alto de seu estresse e da sua revolta, o suor pingava constantemente. E aí ele passava um lencinho no rosto, voltava a colocá-lo no pescoço e seguia o programa. Sempre revoltado e sempre xingando todo mundo que atentasse contra a família brasileira.

Diante de sua sede de justiça, ele chegou a ser candidato a algum cargo público. Não sei se ele foi eleito ou não, mas isso não vem ao caso. O que vale é a iniciativa. Tenho, inclusive, uma teoria: a juíza Denise Frossard viveu a sua vida se inspirando em Dalborga, o mestre da justiça brasileira.

Para quem quer conhecer mais esse protetor de lares e xingador de bandido, é só escrever "Alborghetti" no Youtube. No princípio você vai achá-lo maluco. Mas com o passar do tempo, você vai se tornar um fiel seguidor de Luiz Carlos Alborghetti, nossa 60ª anti-personalidade brasileira da lista.